Cuidados humanizados podem trazer mais tranquilidade e bem-estar para mãe e bebê
A gravidez é um momento muito importante para a futura mamãe e seu círculo familiar. Mas, junto com as alegrias da gestação, é natural que também surjam muitas dificuldades durante esse ciclo.
A gestação e o pós-parto são processos de mudança que afetam profundamente saúde física e emocional da mulher.
É um período de grandes transformações emocionais, físicas e psicológicas.
Por isso, a assistência especializada de um cuidador de gestantes pode fazer toda a diferença na saúde e segurança da mãe e seu bebê. Especialmente quando se trata do primeiro filho, gestação de gêmeos ou quando a gravidez é considerada de risco.
Principais funções
O cuidador de gestantes possui capacitação técnica e experiência para atender a demandas variadas das grávidas, puérperas e seus bebês.
Durante a gestação, o profissional pode auxiliar na orientação para alimentação adequada, organização dos pertences do futuro bebê, acompanhamento de consultas e exames, e preparação para o parto.
Após o nascimento, o trabalho do cuidador de gestantes tem foco no suporte à amamentação, higiene da criança, orientações e assistência para recuperação pós-parto, entre outras atividades.
Auxílio na amamentação
O aleitamento materno é um processo fundamental para a saúde do bebê, especialmente nos primeiros meses, além de ser muito positivo para estabelecimento dos primeiros vínculos da relação mãe-filho.
Mas, por mais aspectos positivos que esse momento traga, é normal que dúvidas, inseguranças e dificuldades surjam em especial durante as primeiras tentativas.
Por isso, o cuidador de gestantes pode ter um papel fundamental na adaptação ao ensinar sobre sucção e pega, posicionamento, ordenha e cuidados com a mama.
Recuperação após o parto
Tanto o parto normal quanto a cesariana exigem alguns cuidados após o procedimento para a boa recuperação do corpo da mulher, que podem ser facilitados com a presença de um cuidador de gestantes.
No parto via cesariana, essas ações devem ser intensificadas, pois, devido à complexidade do procedimento, a puérpera tem dificuldades para realizar algumas atividades básicas, devendo ficar em repouso para cicatrização dos pontos.
Mas, após o parto normal, esses cuidados não devem ser dispensados. Pesquisas mostram que 85% das mulheres que dão à luz via parto normal, têm lacerações espontâneas ou cirúrgicas, resultantes da episiotomia – um procedimento de corte que não é recomendado pela Organização Mundial da Saúde (OMS), mas, ainda assim, muito comum.
Nos dois casos, a assistência do cuidador de gestantes é muito importante para a reabilitação e prevenção de complicações.
Integração com a rede de apoio da mãe
Quando tratamos sobre a gravidez e os cuidados do bebê durante as primeiras semanas de vida, é importante ressaltar que a mãe e o bebê são o centro desse processo.
A demanda por alimentação, a adaptação à nova realidade do recém-nascido e a recuperação após o nascimento exige muito da mulher, mas isso não quer dizer que ela deve estar sozinha.
A rede de apoio familiar – seja um pai, outra mãe, parente ou amigo próximo – deve ser incluído em todo os ciclos do processo: desde o pré-natal, gestação, parto, pós-parto, aleitamento e a cuidados com criança.
E o cuidador de gestantes pode dar suporte nesse processo, porque, com a sua especialização, pode proporcionar orientações práticas para essa integração.